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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

A “desdolarização” fracassa na primeira tentativa - Vinod DSouza

BRICS: India Gets Reality Check, Ditching US Dollar Becomes Impossible

Vinod Dsouza

4/01/2024

BRICS member India had convinced 22 countries to accept the Rupee for international trade and ditch the US dollar. The majority of the countries hail from Asia, Africa, Latin America, and the global south. India also opened special Vostro bank accounts to make it easier to settle payments in their local currency, the Rupee. All the 22 countries had signed the agreement to trade a part of goods in the Rupee and sideline the US dollar.

However, things are not going as planned for India as the majority of countries are now unwilling to keep the Rupee as reserves. India finds no takers for the Rupee as the currency is declining against the US dollar. Hoarding the Rupee in reserves serves no purpose, as the demand for the currency lacks strength in the global market.

The default payment is now either the US dollar, Euro, Pound, Chinese Yuan, Japanese Yen, or UAE’s Dirhams. The Rupee is finding no seat at the table, making the idea of ditching the US dollar impossible.


at the table, making the idea of ditching the US dollar impossible.

Also Read: 25 New Countries Ready To Join BRICS in 2024

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

O que esperar de aliança por etanol que o Brasil, Índia e EUA devem lançar amanhã no G20 - Felipe Frazão (O Estado de S. Paulo)

 O que esperar de aliança por etanol que o Brasil, Índia e EUA devem lançar amanhã no G20

Por Felipe Frazão


ENVIADO ESPECIAL A NOVA DÉLHI - 
Brasil, Índia e Estados Unidos planejam lançar neste sábado, 9, uma aliança global de biocombustíveis, como forma de fomentar, sobretudo, a produção e o consumo do etanol no mundo. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden, e o anfitrião, o primeiro-ministro Narendra Modi, lideram a iniciativa e participam do evento de lançamento, em paralelo à 18ª Cúpula do G-20, em Nova Délhi. A iniciativa conta com o apoio do setor produtor de etanol no Brasil, e o governo vê na Índia um mercado potencialmente interessante para o biocombustível brasileiro. Analistas alertam, no entanto, que a demanda mundial pelo produto ainda é muito baixa. A aliança de biocombustíveis reúne três dos cinco principais produtores de etanol do mundo. Os EUA, com seu etanol de milho, respondem por 55% da produção mundial, segundo a RFA (Associação de Combustíveis Renováveis). Na vice-liderança do ranking, o Brasil produz o equivalente a 27% desse total. A Índia é a quinta colocada, com 3%, atrás da UE, com 4,8% e da China, com 3,1%. De olho em mercados emergentes 

A ideia da aliança, batizada de Global Biofuels Alliance – GBA (em inglês) surgiu de uma demanda da indústria de produção de etanol, que começou a se articular em janeiro com representantes do setor nos demais países. Participam as associações do setor privado de cada país: a brasileira Única, a indiana Isma - Indian Sugar Mills Association -, a norte-americana US Grains Council e a europeia ePure. Elas acabaram adiando o projeto, para inserir o setor público. Em julho, os ministros de Energia dos três países que encabeçam a estratégia lançaram a iniciativa em Goa, em reunião preparatória do G-20. O plano é vender biocombustível a nações em desenvolvimento, que podem ter no uso do etanol uma forma de redução da pegada de carbono no setor de transporte, seja terrestre, aéreo ou marítimo. 

 Nesse cenário, governo e setor privado apostam que a expansão do mercado global de etanol vai abrir caminho ainda para maior inserção no mundo da engenharia automotiva brasileira, que poderá virar uma referência por já ter consolidado o desenvolvimento de veículos a etanol, bi-combustíveis e autopeças. Biocombustíveis e descarbonizaçao Evandro Gussi, presidente da principal associação brasileira do setor, a Única (União da Indústria de Cana de Açúcar e Bionergia), afirma que o futuro é da coexistência de alternativas aos combustíveis fósseis. Segundo ele, o mercado vai se expandir globalmente nos próximos 25 anos com demanda crescente pelos biocombustíveis – até três vezes maior no transporte terrestre - e o desafio é convencer as indústrias a considerarem o etanol como alternativa em diversos mercados, para adaptação de automóveis, de aviões e embarcações. O argumento da Única é que nem sempre a solução da eletrificação basta. A Índia é considerada um caso que exemplifica o problema. Cerca de 76% da energia elétrica do país vem de combustíveis fósseis, sobretudo a queima de carvão mineral, um grande emissor de poluentes, que responde por cerca de 70%. Portanto, eletrificar a frota nacional não bastaria. É daí que vem a aposta no etanol. 

A África do Sul é outro exemplo de mercado potencial. “Temos que descarbonizar. Como vamos fazer depende da melhor solução, do que é mais apto para a situação econômica, social e ambiental de cada país e região”, afirma Gussi. “Eletrificação não é sinônimo de descarbonização. Se a energia elétrica é mais suja, o carro a etanol pode ser melhor do que o elétrico. Vamos ter espaço para os dois. " “Desde segurança para motores, sistema de injeção dos veículos, até controle da pegada de carbono, o Brasil produziu muita informação. A troca com indianos em larga escala fez com que entendêssemos mais e criamos um centro de excelência virtual onde tem um repositório desse material. A ideia agora é que isso se expanda numa aliança global de modo a acelerar esses processos nos demais países com vocação na Ásia, na África e na América Latina.” Índia como mercado estratégico 

Além do setor privado, o Itamaraty também vê o mercado indiano é estratégico. O governo de Narendra Modi anunciou recentemente um plano para aumentar a mistura do etanol na gasolina para 20%, até 2025. O primeiro-ministro passou a considerar o etanol como uma das prioridades estratégicas do país. Em 2019, a mistura era de 1,4% na gasolina, e agora está no patamar de 10%. “Não vamos exportar etanol para a Índia, mas garantir que possa ser parte da solução de descarbonização. Já existe na Índia a definição política de que o etanol é parte da solução, medida de segurança energética e de criação de empregos”, diz o embaixador do Brasil em Nova Délhi, Kenneth Nóbrega. “Vamos consolidar o etanol como rota tecnológica. Vamos exportar conhecimento, A oportunidade de ganharmos dinheiro é com o motor flexfuel, na cadeia de produção industrial, com propriedade intelectual, know-how, melhoria de processos na indústria do açúcar, máquinas e tecnologia de autopeças”, acrescenta. Baixa demanda internacional Na avaliação de João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia,no entanto, um dos desafios da aliança será lidar com um mercado global que ainda tem uma baixa demanda pelo biocombustível. “Precisa criar uma demanda que muitos países não têm”, diz Marques. Hoje, a participação do biocombustível na matriz de consumo energético nos transportes é de 21% no Brasil, mas, na média global, é de apenas 4%. “Não tenho clareza de quais serão os instrumentos dessa cooperação que vai surgir entre os países, mas deve trazer algum tipo de geração de fomento de negócios”, afirma o pesquisador. Ainda de acordo com o especialista da FGV, a nova aposta no etanol precisa alcançar mais países para funcionar. “Esforços foram feitos no passado, no governo Bush e nos primeiros governos Lula, para tornar o etanol uma commodity internacional. Era uma iniciativa mais bilateral e que acabou sem um alcance global”, lembra. A Única também reconhece a necessidade de expansão do etanol para outros países. “Temos uma solução tecnológica que entrega a descarbonização que o mundo precisa, mas ela está muito concentrada no Brasil. 

Ficar com uma solução isolada, ilhada, em energia, não é inteligente. Ninguém quer um novo gás russo, ninguém quer um novo Oriente Médio da década de 1970″, cita Evandro Gussi. Como funcionará a aliança A aliança deve ser lançada com 19 países participantes, segundo estimativas de fontes envolvidas no projeto. Os países já deixaram prontos os protocolos de adesão e participação, com minutas de textos negociadas por diplomatas e os respectivos órgãos governamentais de energia. Eles vão criar uma organização interna da GBA. Brasil, Índia e Estados Unidos querem criar um “cinturão de bioenergia”, na zona tropical, para irradiar conhecimento, disseminar o consumo e estimular a produção etanol pelo mundo. A aliança vai fomentar ainda o biodiesel, o biometano e os SAF (Sustainable Aviation Fuels), cujo desenvolvimento também pode incluir o uso do etanol, por meio do processo conhecido como ATJ (Alcohol‐to‐Jet), para obtenção de bioquerosene de aviação. Entre os membros confirmados estão Argentina, Canadá, Paraguai, Bangladesh, Ilhas Seychelles, Ilhas Maurício, Quênia, Uganda e Emirados Árabes Unidos. Há interesse do setor de abrigar mais países em desenvolvimento na Ásia e na África. Na Europa, a Itália foi um dos únicos a manifestar interesse em ingressar, de acordo com embaixadores a par das negociações. 

Países da América Central também são vistos como potenciais integrantes. Além do Brasil, Índia e Estados Unidos, estarão representados no lançamento a África do Sul, a Argentina, os Emirados Árabes Unidos, a Itália e as Ilhas Maurício, dentre os membros da aliança; e Bangladesh, Canadá e Singapura, como observadores, segundo o governo federal. Entre os países vistos como potenciais produtores em grande escala, mapeados pelo setor privado, estão Indonésia, Tailândia, Vietnã, Paquistão, Filipinas, África do Sul, Moçambique, Angola, Quênia, Etiópia, Colômbia, Panamá e El Salvador. 
COLABOROU LUIZ GUILHERME GERBELLI 

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

O Brasil de Lula 3 no G20 da Índia - Paulo Roberto de Almeida (Revista Crusoé)

Meu artigo na Crusoé desta sexta-feira 1/09/2023, mas escrito antes do encontro, que é só na semana que vem:

O Brasil de Lula 3 no G20 da Índia

  

Paulo Roberto de Almeida, diplomata, professor.

Artigo sobre a reunião de cúpula do G20 na Índia.

Revista Crusoé (1/09/2023; link: https://oantagonista.com.br/mundo/crusoe-o-brasil-de-lula-3-no-g20-da-india/). Relação de Originais n. 4465; Relação de Publicados n. 1521. 

 

A 18ª reunião de cúpula do G20, a ser realizada em New Delhi, capital da Índia, não será propriamente uma novidade para Lula, que já participou dos primeiros encontros desse grupo desde que ele foi originalmente convocado para tratar da crise financeira de 2008, pelo próprio presidente George Bush, em Washington. O grupo deriva diretamente, embora em nível hierárquico inferior, do Financial Stability Forum, que por sua vez tinha nascido na crise financeira anterior, na segunda metade dos anos 1990. A diferença entre a natureza de um e outro grupo das economias mais relevantes do planeta está em que o antigo Forum tinha no seu certificado de nascimento uma crise, mais uma, de países em desenvolvimento, ao passo que o G20 deu seu primeiro passo, em nível de chefes de Estado, após a implosão da bolha imobiliária no mercado americano, seguida de seu impacto no sistema bancário e de seguros, se espalhando logo depois para os demais países desenvolvidos, devido aos efeitos sistêmicos dos derivativos financeiros criados a partir das hipotecas avalizadas por agências financeiras oficiais do governo americano e alegremente adquiridos por investidores da Europa e do Japão, certos de que o Triplo A atribuído a esses derivativos era para valer.

(...)

O G20 de Nova Delhi ocorre em outras condições, bem mais difíceis do que os exercícios anteriores, sob o impacto do segundo ano da guerra de agressão da Rússia à Ucrânia, de certo modo uma extensão da mudança de humor já iniciada quando da invasão e anexação ilegal da península da Criméia em 2014, quando a Rússia foi expelida do então “puxadinho” do G8, uma das várias sanções econômicas introduzidas contra o agressor pelos países ocidentais. Naquela ocasião, rompendo com a tradição do Itamaraty de estrito respeito às normas do Direito Internacional e de absoluto respeito à Carta da ONU, a presidente Dilma Rousseff não tomou qualquer posição a respeito da grave violação da soberania ucraniana, a pretexto de que tal invasão era um “problema interno da Ucrânia”. Foi um primeiro exemplo do baixo acatamento, pela diplomacia presidencial, dos padrões habituais do Itamaraty de adesão a princípios consagrados da legalidade internacional, práticas mais adiante continuadas, sob diferentes pretextos, pela diplomacia de Bolsonaro e de Lula 3.

(...)

Num contexto no qual o encantamento inicial com a terceira presidência Lula já deu mostras de arrefecimento junto aos principais governantes dos países ocidentais – em princípio, exatamente por causa da violação ao Direito Internacional causada pela Rússia e pouco enfatizada pelo governo Lula –, essa presidência do G20 pode ajudar a corrigir um pouco essa má percepção de suas atuais “alianças” internacionais, ou continuar a empanar a sua imagem  junto ao Ocidente e até a liderança na própria região, onde outros líderes progressistas – como Boric do Chile, ou Petro da Colômbia – já deram mostras de maior comprometimento com uma diplomacia fundada no respeito à Carta da ONU. Esperava-se mais de um governo declaradamente a favor, assim como o próprio Itamaraty, da estrita solução pacífica das controvérsias entre Estados. 

Paulo Roberto de Almeida

Brasília, 4465, 31 agosto 2023, 3 p.

sábado, 5 de agosto de 2023

Índia e Rússia suspendem negociações sobre pagamentos em rúpias (CNN)

 Alguém aí espera comércio em moedas locais no BRICS nos próximos anos?


"Índia e Rússia suspendem negociações sobre pagamentos em rúpias
CNN, July 5, 2023
https://www.cnnbrasil.com.br/economia/india-e-russia-suspendem-negociacoes-sobre-pagamentos-em-rupias/?fbclid=IwAR15xS_XxYp8Xh7wjCMX_LzHTfnwlCZlmeYyZQD-cjfOvx7_k6-oXRct_bY 

Os dois lados iniciaram conversas sobre facilitar comércio em moedas locais, mas não houve avanço e nada foi fechado entre os países.

A Índia e a Rússia suspenderam os esforços para resolver o comércio bilateral em rúpias, depois que meses de negociações não conseguiram convencer Moscou a manter as rúpias em seus cofres, disseram dois funcionários do governo indiano e uma fonte com conhecimento direto do assunto.
Isso seria um grande revés para os importadores indianos de petróleo e carvão baratos da Rússia, que aguardavam um mecanismo permanente de pagamento em rúpias para ajudar a reduzir os custos de conversão de moeda.
Com um grande déficit comercial em favor da Rússia, Moscou acredita que terminará com um superávit anual de rúpias de mais de US$ 40 bilhões se tal mecanismo for trabalhado e sente que o acúmulo de rúpias é “indesejável”, disse um funcionário do governo indiano, que não quer ser identificado.
O Ministério das Finanças da Índia, o Banco Central da Reserva da Índia e as autoridades russas não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
A rupia não é totalmente conversível. A participação da Índia nas exportações globais de bens também é de apenas cerca de 2% e esses fatores reduzem a necessidade de outros países manterem rúpias.
A Índia começou a explorar um mecanismo de liquidação em rúpias com a Rússia logo após a invasão da Ucrânia em fevereiro do ano passado, mas não houve nenhum acordo relatado em rúpias.
A maior parte do comércio é em dólares, mas uma quantidade crescente está sendo realizada em outras moedas, como o dirham dos Emirados Árabes Unidos.

Os dois lados falaram sobre facilitar o comércio em moedas locais, mas as diretrizes não foram formalizadas.

A Rússia não se sente confortável em manter rúpias e quer ser paga em yuan chinês ou outras moedas, disse um segundo funcionário do governo indiano envolvido nas discussões.

“Não queremos mais forçar a liquidação de rúpias, esse mecanismo simplesmente não está funcionando. A Índia tentou tudo o que pôde para tentar fazer isso funcionar, mas não ajudou”, disse uma terceira fonte que está diretamente ciente dos desenvolvimentos. disse.

Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro do ano passado, as importações da Índia da Rússia subiram para US$ 51,3 bilhões até 5 de abril, de US$ 10,6 bilhões no mesmo período do ano anterior, segundo outro funcionário do governo indiano.

O petróleo constituiu grande parte das importações da Índia, aumentando doze vezes no período. As exportações da Índia no mesmo período caíram ligeiramente para US$ 3,43 bilhões, de US$ 3,61 bilhões no ano anterior, disse o funcionário.

Outro funcionário disse que os dois países começaram a procurar alternativas depois que o mecanismo de liquidação em rúpias não funcionou, mas não deu detalhes.

As fontes disseram que o comércio com a Rússia continua, apesar das sanções e problemas de pagamento.
No momento, estamos fazendo alguns pagamentos em dirham e algumas outras moedas, mas a maioria ainda é em dólares. A liquidação está acontecendo de maneiras diferentes, países terceiros também estão sendo usados”, disse um dos funcionários do governo.

Os comerciantes indianos também estão liquidando alguns dos pagamentos comerciais fora da Rússia, disseram as autoridades.

“Terceiros estão sendo usados para liquidar o comércio com a Rússia. Não há proibição de transações com outros países via Swift. Portanto, os pagamentos estão sendo feitos a um terceiro país que o encaminha ou compensa para seu comércio com a Rússia”, disse outro funcionário.

Sobre se o dinheiro também estava sendo encaminhado via China, o funcionário disse: “Sim, incluindo a China”

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

As coisas no BRICS andam um pouco confusas, para dizer o mínimo...

 Heads of state from Brazil, Russia, India, China and South Africa will make a pronouncement on the enlargement of the group when they meet 


A planned announcement on the expansion of BRICS at a forthcoming summit in South Africa will mark a significant change in the global order, the nation’s ambassador to the five-nation bloc said, even as some of its members push back against new admissions.

Heads of state from Brazil, Russia, India, China and South Africa will make a pronouncement on the enlargement of the group when they meet Aug. 22-24, Anil Sooklal said in a lecture at the University of KwaZulu-Natal on Wednesday. Twenty-two nations have asked formally to become full-time members of the group, and more than 20 others have submitted informal requests.

China favors a rapid expansion of the bloc, which will require consensus among its members. But it has encountered opposition from India, which wants strict rules on how and when other nations could move closer to the group without formally enlarging it, and from Brazil, which is wary of alienating the US and European Union, according to officials with knowledge of the matter. 

“BRICS has been a catalyst for a tectonic change you will see in the global geopolitical architecture starting with the summit,” Sooklal said. While he emphasized that the bloc doesn’t see itself as a counterweight to any other organization, he said its expansion was stoking anxiety and opposition among nations in “privileged positions.” 

Russian leader Vladimir Putin will participate at the gathering virtually, avoiding the risk of possible arrest on a warrant from the International Criminal Court for alleged war crimes if he travels to South Africa, which is a member of the tribunal.

A decision on whether Indian Prime Minister Narendra Modi will attend has yet to be taken, although necessary security arrangements have been made and other pre-visit formalities have been completed, according to a person with knowledge of the matter. While Modi’s absence may be viewed as a snub to the host and he would miss out on bilateral meetings with other leaders, India isn’t comfortable with him holding talks with Chinese President Xi Jinping while a border dispute remains unresolved, they said. 

So far, representatives from 71 nations have been invited to attend the summit, according to Sooklal. 

“This will be the largest gathering in recent time of countries from the Global South coming together to discuss the current global challenges,” he said. 

Formed officially in 2009-2010, BRICS has struggled to have the kind of geopolitical influence that matches its collective economic reach. The bloc’s members represent more than 42% of the world’s population and account for 23% of global gross domestic product and 18% of trade.

An expanded BRICS will account for “almost 50% of the global population and over 35% of global GDP and that figure will grow,” Sooklal said. He also highlighted the role that the bloc’s leaders were playing in trying to end Russia’s war in Ukraine.

“There is no tangible evidence that any one of the BRICS countries, South Africa included, is feeding weapons into that conflict,” he said. “But there is clear evidence to the global community that the West is pumping billions of dollars into that conflict and the conflict is raging, so who is talking peace and who is talking war?”

sexta-feira, 19 de maio de 2023

Zelenski viajará ao G7 por apoio e deve pressionar Índia e Brasil - Nelson de Sá (FSP)

 Zelenski viajará ao G7 por apoio e deve pressionar Índia e Brasil

Ucraniano busca fortalecer compromisso de EUA e do grupo após quase 16 meses de guerra, segundo jornais

Nelson de Sá
Folha de S. Paulo, 19.mai.2023

HIROSHIMA - Autoridades ocidentais divulgaram para jornais como Financial Times e The New York Times que o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, irá viajar ao Japão para participar presencialmente da cúpula do G7, que vai até domingo (21) em Hiroshima. No momento, como ele próprio informou por mídia social, Zelenski está na Arábia Saudita.

O objetivo da ida ao G7 seria fortalecer o compromisso com a Ucrânia dos integrantes do grupo, que reúne algumas das maiores economias desenvolvidas, "e assegurar o apoio de Índia e Brasil, não integrantes do G7", de acordo com o FT, citando fontes anônimas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi estão na cúpula como convidados.

De acordo com o NYT, várias autoridades disseram que "a presença de Zelenski pode tornar mais difícil para os líderes de Índia, Brasil e outras nações se manterem relutantes em apoiar a Ucrânia" contra a Rússia. Desde o início da guerra, a Índia evitou se afastar do aliado tradicional, até ampliando a compra de petróleo russo, e o Brasil se recusou a enviar armas para Kiev, como proposto pela Alemanha. Tanto Modi como Lula, por outro lado, já conversaram com Zelenski por telefone.

A participação do ucraniano é esperada para o domingo. É quando Modi, Lula e outros convidados participam ao lado de EUA e dos demais integrantes do G7 da sessão de trabalho "Rumo a um mundo pacífico, estável e próspero". Lula deverá falar em favor das iniciativas de paz para a Ucrânia externas ao G7, lançadas por Brasil, China e agora países africanos, encabeçados pela África do Sul.

Prevista inicialmente para as 10h do domingo, horário local, a sessão foi transferida para as 11h45. Índia e Brasil, que vinham buscando viabilizar uma reunião bilateral durante a cúpula, marcaram o encontro de Modi e Lula para as 10h40, imediatamente antes. Espera-se agora que os dois países emergentes, integrantes do grupo Brics, conversem sobre a guerra antes de entrarem para a sessão de trabalho com os demais.

Zelenski vem de se encontrar no início da semana com o enviado chinês, Li Hui, para discutir uma saída para o conflito, durante visita de dois dias do representante de Pequim a Kiev. Em comunicado após as conversas, o ministério ucraniano do exterior disse que não irá aceitar perda de território ou congelar a guerra nas posições atuais. Li disse que não há panaceia para resolver a crise e "todas as partes precisam começar por si mesmas, criar condições para se engajar em negociações".

A participação presencial do ucraniano vinha sendo especulada, inclusive por autoridades de Kiev, sem confirmação formal em Hiroshima. Na quinta (18), o ministério japonês do exterior reafirmou que ele participaria apenas virtualmente, por vídeo, no domingo. Até o momento, não houve divulgação oficial, por parte de Japão, EUA ou de outros governos, sobre a viagem de Zelenski ao G7.

O G7 foi aberto nesta sexta-feira, com uma cerimônia no Memorial da Paz em Hiroshima, da qual participaram os líderes dos países do grupo, Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá. Em seguida, os sete governantes abordaram em reunião a Guerra da Ucrânia e divulgaram um comunicado.

Nele, reafirmaram o apoio a Kiev e anunciaram novas sanções econômicas, agora contra o comércio de diamantes russos. Mas o veto à retomada futura do fornecimento de gás russo à Europa, via gasoduto Nord Stream e outros, que chegou a ser noticiado por jornais ocidentais, ficou de fora.


sexta-feira, 5 de maio de 2023

Group led by China, Russia criticizes global institutions - ABC News (Índia)

Group led by China, Russia criticizes global institutions

Foreign ministers from a group of nations led by China and Russia have criticized the ability of world institutions to resolve geopolitical problems, including the coronavirus pandemic, and said their organization should do more to address such challenges


ByKRUTIKA PATHI Associated Press
May 5, 2023, 5:04 AM








PANAJI, India -- Foreign ministers from a group of nations led by China and Russia criticized on Friday the ability of world institutions to resolve geopolitical problems, including the coronavirus pandemic, and said their organization should do more to address such challenges.

Indian Foreign Minister Subhramanyam Jaishankar said in remarks at a meeting of the Shanghai Cooperation Organization that the crises have disrupted global supply chains and have hit developing nations the hardest.

They have “exposed a credibility and trust deficit in the ability of global institutions to manage challenges in a timely and efficient manner,” he said, adding that alternative organizations like the SCO can help address such challenges.

“With more than 40% of the world’s population within the SCO, our collective decisions will surely have a global impact,” he said.

Russia and China founded the SCO in 2001 as a counterweight to U.S. alliances across East Asia to the Indian Ocean. The group includes the four Central Asian nations of Kazakhstan, Kyrgyzstan, Tajikistan and Uzbekistan, which Russia considers its backyard. In 2017, India and Pakistan became members, and Iran and Belarus are set to join later this year.

Russia and China have sought to reduce the dominance of what they see as U.S. and Western-led global institutions and alliances, and China accuses Washington of attempting to contain its economic and military rise.

Chinese Foreign Minister Qin Gang told the foreign ministers that “the world is faced with multiple crises and challenges featuring a resurgence of the Cold War mentality, headwinds of unilateral protectionism, as well as rising hegemonism and power politics,” China's official Xinhua News Agency reported.

“SCO members should support each other in safeguarding sovereignty, security and development interests, and oppose external forces interfering in regional issues,” he said.

At a briefing after the meeting, Jaishankar dismissed questions about whether the SCO is anti-Western, saying, “how people perceive it is something I cannot answer for.” Instead, he stressed India's “multidirectional foreign policy” and said “it's not always possible that all our partners get along with other partners.”

India enjoys strong ties with Cold War ally Russia, while its relations with the United States have warmed in recent years and its ties with China have cooled over a border dispute. It is increasingly seen by the West as a counterweight to China's growing global ambitions.

Jaishankar did not mention Russia's war in Ukraine, and analysts said Moscow was unlikely to face a backlash over its invasion from the SCO and would instead use the meeting to flex its influence in the region. For Russia, the SCO remains one of the few international groups where it can still comfortably engage with members and further ties.

The visit by Pakistan's foreign minister to archrival India to attend the meeting was the first by a high-ranking Pakistani official in nearly a decade. Jaishankar stressed the need to stop cross-border terrorism in his remarks, a dig at Pakistan, which India accuses of arming and training rebels fighting for the independence of Indian-controlled Kashmir or its integration into Pakistan, a charge Islamabad denies.

“Let’s not get caught up in weaponizing terrorism for diplomatic point scoring,” Pakistan Foreign Minister Bilawal Bhutto Zardari said in his opening remarks.

Despite speculation, India and Pakistan did not hold bilateral talks on the sidelines of the meeting. “Victims of terrorism do not sit together with perpetrators of terrorism to discuss terrorism,” Jaishankar said at the briefing.

Jaishankar held separate talks with his Chinese and Russian counterparts on Thursday.

The meeting with Chinese Foreign Minister Qin came amid continued tensions along their disputed border, where a three-year standoff involves thousands of soldiers stationed in the eastern Ladakh region.

Qin earlier said the border situation was “stable overall” and that both sides should abide by existing agreements to “promote the further cooling and easing of the border situation and maintain sustainable peace and tranquility in the border area,” according to China’s Foreign Ministry.

India did not release a statement after the meeting, but Jaishankar said relations between the two countries were not normal and “cannot be if peace and tranquility in border areas is disturbed.”

Qin also met with Russian Foreign Minister Sergey Lavrov on Thursday. China is the biggest buyer of Russian oil and gas exports, pumping billions of dollars into the Russian treasury and helping the Kremlin resist Western sanctions over its invasion of Ukraine.

Beijing is also trying to present itself as a global diplomatic force and has said it is willing to serve as a mediator in the war.

Last month, Chinese leader Xi Jinping said Beijing will send an envoy to Ukraine to discuss a possible political settlement.

China has blamed the U.S. and NATO for provoking Russia and refused to criticize Moscow’s actions. However, it has refrained from issuing a full-throated endorsement of the invasion and is not known to have provided arms or other material assistance to the Russian military effort.


sexta-feira, 26 de agosto de 2022

A Democracia Mundial Enfraquecida: A Índia e o Mundo - Debasish Roy Chowdhury (Instituto Fernand Braudel, NYT)

A Democracia Mundial Enfraquecida

A Índia e o Mundo 

Por Debasish Roy Chowdhury

Debasish Roy Chowdhury é um jornalista indiano e co-autor de “To Kill a Democracy: India’s Passage to Despotism.”

 

O Primeiro Ministro Narendra Modi ficou, no mês passado, no telhado do novo prédio do Parlamento Indiano quase finalizado, construído para marcar os 75 anos de independência do país, e puxou uma alavanca. Uma comprida cortina vermelha caiu para revelar a estátua que coroa a estrutura. Muitos em toda a Índia engasgaram-se espantados.

 

O ícone de bronze de mais de seis metros - quatro leões sentados com as costas viradas um para o outro, encarando para fora - é o símbolo nacional reverenciado na Índia. As bestas normalmente são representadas como régias e sóbrias, mas essas pareciam diferentes: Suas presas apareciam, elas pareciam bravas, agressivas.

 

Para os críticos do Sr. Modi, a imagem repaginada no topo do Parlamento - um projeto desenvolvido sem debate ou consulta pública - reflete a rosnante “Nova Índia” que ele está criando.

 

Em seus oito anos no poder, o governo do Partido Bharatiya Janata do Sr. Modi profanou a democracia indiana, desposando de um majoritarismo supremacista hindu intolerante acima dos ideais de secularismo, pluralismo, tolerância religiosa e cidadania igualitária sobre os quais o país foi fundado depois de ganhar sua independência em 15 de agosto de 1947.

 

Fazendo comparações com a Alemanha Nazista, o regime usa maquinário governamental cooptado, desinformação e intimidação por turbas partidárias para silenciar críticos enquanto desumaniza a grande minoria Muçulmana, incitando ruptura social e violência. As liberdades civis são sistematicamente violadas.

 

A Índia, a maior democracia do mundo, é onde a batalha mundial entre o liberalismo e a tirania está sendo perdida. Ainda assim, democracias ocidentais como os Estados Unidos recusam-se a convocar o Sr Modi, e no lugar, cortejam-no para manter o acesso ao grande mercado indiano e pela utilidade do país enquanto bastião estratégico contra a China.

 

No ano passado, o Instituto Sueco V-Dem rebaixou a índia para uma “autocracia eleitoral”,  e a Freedom House sediada em Washington a rebaixou para “parcialmente livre”. O rebaixamento da Índia, com seu 1,3 bilhão de pessoas, derrubou o equilíbrio da liberdade global firmemente em favor da tirania, disse a Freedom House, com menos de 20% da população mundial vivendo hoje em países “livres”.

 

Embora a queda da Índia em direção a tirania tenha acelerado sob o governo do Sr. Modi, seria injusto colocar toda a culpa nele. Instituições governamentais enfraquecidas e desigualdade social - problemas que se agravaram desde os primeiros anos da índia - enfraqueceram sua democracia e proveram solo fértil para a democracia hindu enraizar-se.

 

          Apesar da pobreza generalizada, analfabetismo e extrema diversidade étnica, religiosa e social, a Índia abriu caminho, desde a independência, para o que tem sido chamado de democracia “improvável”. Ela adotou uma Constituição progressista, mas também conservou estruturas administrativas coloniais britânicas altamente coloniais que dão aos executivos nacionais e estaduais eleitos controle quase irrestrito sobre as instituições como a polícia e outras agências de cumprimento da lei. Combinado com leis draconianas de segurança e sedição, isso permite que os esses líderes eleitos reduzam a dissidência com impunidade. 

         

          O partido de Modi aprimorou essas ferramentas de repressão, mas não é o primeiro a transformá-las em arma

 

Eu cresci em Bengala Ocidental. Depois da independência, o estado foi liderado pelo Partido do Congresso Nacional, que mobilizou livremente capangas e a polícia para sufocar a oposição. Ele foi sucedido pelo Partido Comunista, que deteve o poder por 34 anos e emasculava totalmente as instituições estatais. Bengala Ocidental agora é governada por um partido cuja líder projeta a si mesma como alternativa nacional ao autoritarismo do Sr. Modi, mas foi acusado de utilizar e confiar na força bruta, comparsas e de culto à personalidade. Essas tendências despóticas há muito se espalham em nível estadual. O próprio Sr. Modi governou o estado ocidental de Gujarat com mão de ferro por quase 13 anos e foi acusado de incentivar protestos anti-muçulmanos em 2002.

 

          O poder arbitrário está enraizado na realidade de que a maioria dos partidos políticos é centrada na personalidade e dinástica, e a Índia é a rara democracia onde partidos políticos não são democráticos e não conduzem eleições internas.

 

          O dinheiro - e muitas vezes as ligações criminosas - tornaram-se fundamentais na política, Legisladores são comprados e vendidos. Muitos estão mal equipados para legislar, e no lugar, carimbam políticas de um alto executivo que muitas vezes está vinculado a interesses específicos que estão muito distantes do povo, como leis agrícolas que provocaram protestos de agricultores até serem revogadas no ano passado.

 

          Mas um obstáculo profundo e muito mais antigo para o desenvolvimento de uma democracia saudável e resiliente tem sido o fracasso histórico da Índia em garantir o bem-estar de seus cidadãos mais pobres. Centenas de milhares de crianças morrem de fome todos os anos, e mais de um terço é atrofiada por questões de desnutrição mesmo quando os bilionários Indianos sobem nas tabelas de riqueza mundiais.

 

          As políticas neoliberais agravam a desigualdade, com o Estado se afastando de responsabilidades fundamentais como saúde e educação. Isso gera uma vida de indignidade e impotência para milhões que se refugiam na identidade de grupo, gravitando ao redor de líderes fortes que prometem defendê-los de outros grupos e facilmente tornam-se viciados no opioide massivo da intolerância religiosa que agora é usado para redefinir a Índia secular como um estado Hindu.

 

          A composição do parlamento já reflete esse majoritarismo. Com 200 milhões, a população muçulmana Indiana é a terceira maior do mundo, depois da Indonésia e do Paquistão, representando cerca de 15% dos indianos. (Hindus representam cerca de 80%.) Mas os Muçulmanos detêm apenas 5% dos assentos parlamentares. O Partido Bharatiya Janata é o primeiro partido do governo nos 75 anos de história da Índia sem um único membro muçulmano do parlamento sequer.

 

          Leis e direitos são aplicados de forma desigual. Muçulmanos agora podem ser presos por rezar em público, enquanto peregrinos hindus são parabenizados por oficiais do estado. o estado celebra a religião Hindu, enquanto protestos são orquestrados contra costumes muçulmanos como o uso do hijab e o chamado à oração. grupos vigilantes hindus atacam muçulmanos e seus negócios.

 

          Um líder de alto escalão do Partido Bharatiya Janata chamou os refugiados Muçulmanos de Bangladesh de “cupins” comendo os recursos do país. Encorajados pelo apoio do estado, extremistas hindus agora ameaçam abertamente o genocídio e o estupro de Muçulmanos, enquanto o governo prende jornalistas que denunciam os atos de ódio. Em 15 de agosto, Dia da Independência, o governo libertou 11 condenados cumprindo penas de prisão perpétua por estuprar uma muçulmana e assassinar 14 membros de sua família durante o pogrom de Gujarat que ocorreu sob o comando de Modi.

 

          Instituições enfraquecidas pouco podem fazer para recuar. O judiciário ineficaz - há um acúmulo de 40 milhões de casos pendentes - gera o desdém popular pelo estado de direito. Antes conhecido por seu ativismo e independência, o alto judiciário agora trabalha principalmente em sintonia com o governo, e os Juízes da Suprema Corte bajulam Modi. A imprensa da Índia, que já prestou um papel fundamental em proteger a democracia, é pressionada a servir o regime.

 

          Aos 75 anos, após décadas de abuso institucional, a democracia indiana é frágil demais para resistir a um homem forte trazendo sua marreta às suas enfraquecidas fundações. Modi chama o parlamento de um “templo da democracia”. Mas as novas premissas da instituição em Nova Delhi são, em vez disso, um monumento à semidemocracia que ele está construindo, uma fachada oca que existe para legitimar o governo autoritário.

 

 

Para ler a notícia original do New York Times, clique no link a seguir: https://www.nytimes.com/2022/08/24/opinion/india-modi-democracy.html